Crônicas dos golfinhos
Capítulo 1 – O Fim dos Dias Dourados e a Queda de nossas Irmãs Baleias –
por Anna Catharina Mp (tradução de Chapter 1 – The End of the Golden Days and the Fall of our Fellow Whales by Anna Catharina Mp)
Nos Dias Dourados, as criaturas das Águas, do Ar e
da Terra viviam em perfeita harmonia. O
Amor permitia que todas as barreiras culturais dos diferentes reinos não
prejudicassem o intercâmbio de sabedoria e de recursos naturais entre todos os seres
vivos. A cobiça era desconhecida, compartilhar era a Lei e o Amor era a Ordem
de cooperação que unia todas as criaturas vivas em um compromisso sagrado com o
Plano Divino – todos estavam dispostos a cumprir seus respectivos papéis e
assim preservar o equilíbrio da Natureza em relações justas. Como resultado,
não havia fome, pobreza, doença nem preocupações – sempre se podia confiar em Mãe
Gaia para prover todo o necessário.
As Dádivas Sagradas do Céu na Terra eram apreciadas
com devoção e muito bem cuidadas. Na Terra, todas as criaturas se regojizavam
diante das maravilhas do Sol, da Lua e das Estrelas. No Ar, todas as criaturas
se regojizavam em liberdade e desinteressadamente velavam por seus irmãos da
Terra e das Águas, ao servirem como mensageiros dignos de total confiança, se
transportando habilidosamente ao sabor dos ventos.
Nas Águas de rios, lagos, lagoas e mares, a
nutrição era provida, a cura era oferecida a todos que buscavam por ela –
viesse o buscador do Ar, da Terra ou das Águas – e a lendária Fonte da Eterna
Juventude era um centro de curas subterrâneo, a mais poderosa fonte de curas
jamais conhecida. Não era um local secreto, mas era administrado com a
cooperação do Povo Oriental das Montanhas Geladas e do Povo do Rio da Caverna.
Nesses Dias Dourados, a localização da Árvore da
Vida Eterna também era conhecida e seu acesso era administrado com a cooperação
do Povo do Céu Setentrional, dos Anjos dos Reinos Celestiais e dos Homens do
Jardim do Éden. O Fogo Sagrado do Submundo era muito bem administrado com a
cooperação entre os Homens das Ilhas Vulcânicas, Dragões e os Seres Elementais
da Lava.
Os Reinos das formas de Vida – Mineral, Vegetal,
Animal, Humana, Elemental, Angelical, Espiritual, Mágica – ainda não haviam
sido separados por Véus. Cristais serviam a Dragões e Salamandras; Árvores eram
protegidas por Fadas e Unicórnios; a Sabedoria Celestial era transmitida por
Anjos a todos aqueles que buscassem por respostas; os vivos não temiam a morte
nem lamentavam a ausência dos falecidos porque aqueles que partiam do reino dos
vivos podiam se comunicar livremente para acertar suas pendências graças ao
serviço altruísta de Sacerdotes e Sacerdotisas de todos os Reinos...
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