sábado, 24 de maio de 2014

Crônicas dos Golfinhos Capítulo 1 – O Fim dos Dias Dourados e a Queda de nossas Irmãs Baleias – por Anna Catharina Mp


Crônicas dos golfinhos
Capítulo 1 – O Fim dos Dias Dourados e a Queda de nossas Irmãs Baleias – por Anna Catharina Mp (tradução de Chapter 1 – The End of the Golden Days and the Fall of our Fellow Whales by Anna Catharina Mp)

Nos Dias Dourados, as criaturas das Águas, do Ar e da Terra viviam em perfeita harmonia.  O Amor permitia que todas as barreiras culturais dos diferentes reinos não prejudicassem o intercâmbio de sabedoria e de recursos naturais entre todos os seres vivos. A cobiça era desconhecida, compartilhar era a Lei e o Amor era a Ordem de cooperação que unia todas as criaturas vivas em um compromisso sagrado com o Plano Divino – todos estavam dispostos a cumprir seus respectivos papéis e assim preservar o equilíbrio da Natureza em relações justas. Como resultado, não havia fome, pobreza, doença nem preocupações – sempre se podia confiar em Mãe Gaia para prover todo o necessário.


As Dádivas Sagradas do Céu na Terra eram apreciadas com devoção e muito bem cuidadas. Na Terra, todas as criaturas se regojizavam diante das maravilhas do Sol, da Lua e das Estrelas. No Ar, todas as criaturas se regojizavam em liberdade e desinteressadamente velavam por seus irmãos da Terra e das Águas, ao servirem como mensageiros dignos de total confiança, se transportando habilidosamente ao sabor dos ventos.


Nas Águas de rios, lagos, lagoas e mares, a nutrição era provida, a cura era oferecida a todos que buscavam por ela – viesse o buscador do Ar, da Terra ou das Águas – e a lendária Fonte da Eterna Juventude era um centro de curas subterrâneo, a mais poderosa fonte de curas jamais conhecida. Não era um local secreto, mas era administrado com a cooperação do Povo Oriental das Montanhas Geladas e do Povo do Rio da Caverna.  


Nesses Dias Dourados, a localização da Árvore da Vida Eterna também era conhecida e seu acesso era administrado com a cooperação do Povo do Céu Setentrional, dos Anjos dos Reinos Celestiais e dos Homens do Jardim do Éden. O Fogo Sagrado do Submundo era muito bem administrado com a cooperação entre os Homens das Ilhas Vulcânicas, Dragões e os Seres Elementais da Lava.

Os Reinos das formas de Vida – Mineral, Vegetal, Animal, Humana, Elemental, Angelical, Espiritual, Mágica – ainda não haviam sido separados por Véus. Cristais serviam a Dragões e Salamandras; Árvores eram protegidas por Fadas e Unicórnios; a Sabedoria Celestial era transmitida por Anjos a todos aqueles que buscassem por respostas; os vivos não temiam a morte nem lamentavam a ausência dos falecidos porque aqueles que partiam do reino dos vivos podiam se comunicar livremente para acertar suas pendências graças ao serviço altruísta de Sacerdotes e Sacerdotisas de todos os Reinos... 


 Mas a Rebelião de Lúcifer e dos Anjos Caídos rompeu a Corrente das relações justas entre os reinos. O medo conseguiu penetrar nos corações das criaturas mais vulneráveis porque a Sabedoria Celestial deixou de ser transmitida durante a Primeira Grande Guerra Celestial, mais especificamente, no Reino Celestial Regido pelo Justo e Sábio Arcanjo Miguel. (continua...)   




quarta-feira, 21 de maio de 2014

Podemos nos curar, curar nossa vizinhança, curar o mundo? - Milagres com Ho'oponopono

"Como podia alguém curar a outro, somente através de curar-se a si mesmo?" - Neste artigo que compartilharei abaixo, sobre um psicólogo que utilizou a técnica havaiana Ho'oponopono para curar pacientes em um manicômio judiciário, lemos sobre o "milagre" da autocura, que pode ser capaz de influenciar a cura de outras pessoas. Mas será mesmo um "milagre" ou será uma capacidade inata do ser humano, pouco explorada até o momento?

Como pode ser possível que minha autocura influencie a autocura de outra pessoa com a qual nem tive contato direto? O psicólogo Dr. Len compreende o mundo todo como uma criação nossa, enquanto membros da humanidade, mas vai além, para ele a “total responsabilidade por nossa vida implica em tudo o que está na nossa vida, pelo simples fato de estar em nossa vida e ser, por esta razão, de nossa responsabilidade”. Isso não tem haver com culpa, isso significa que somos co-criadores da realidade mundial e precisamos assumir essa responsabilidade individualmente para criar um mundo mais saudável, pacífico, próspero e harmônico. Gandhi já nos dizia isso: Seja a mudança que deseja ver no mundo.

A sabedoria mística de Dr. Len está em concordância com os Princípios Herméticos. Nas palavras do Dr. Len, “Acontece que amar-se a si mesmo é a melhor forma de melhorar a si mesmo e, à medida que você melhora a si mesmo, melhora o seu mundo”. E isso é possível, pois o microcosmo é semelhante ao macrocosmo e vice-versa (referência ao Princípio Hermético da Correspondência - É verdade, sem falsidade, certo e o mais verdadeiro: o que está abaixo é como o que está acima e o que está acima é como o que está abaixo; para fazer os milagres de uma só coisa, e do mesmo modo que todas as coisas têm sido e têm vindo de um pela mediação de um, assim todas as coisas são nascidas desta coisa única por adaptação.)
O Ho’oponopono usa palavras-chave, atuando como uma ferramenta de Programação Neuro-Linguística, para transmutar, com Amor e Compaixão, as dolorosas memórias emocionais, os bloqueios autossabotadores e as distorções de percepção daquilo que nos atinge vindo “de fora”, visto que nada está de fato “fora” de nós – nossa realidade é a projeção do nosso interior. Logo, precisamos realizar a autocura dos padrões internos de desarmonia, padrões esses responsáveis por bloqueios energéticos que resultam em faltas/excessos, no nível das qualidades e atitudes internas que devem ser remodeladas em nosso comportamento humano para alcançarmos o objetivo de ter uma vida mais saudável, feliz e produtiva. A autocura dos padrões internos desarmônicos tem o poder de harmonizar os conflitos correspondentes que vemos em nossa realidade: conflitos internos, desassossego mental e dor emocional; conflitos nos relacionamentos, no lar e no trabalho; conflito entre aquilo que o corpo precisa consumir para seu bom funcionamento e aquilo que comemos – obesidade; divergências entre mente, emoções e corpo - doenças psicossomáticas; conflitos mal-resolvidos que culminam em agressividade verbal e/ou física; divergência entre o dinheiro que se obtém com trabalho e o dinheiro que se gasta; etc. 

Assim sendo, a autora deste blog recomenda a prática de  Meditação Ho'oponopono

Há quem leia o artigo abaixo com ceticismo, há quem leia e se inspire neste exemplo de potencial humano para o Bem...





O Terapeuta Mais Inusitado do Mundo
(The World’s Most UnusualTherapist – artigo escrito por Joe Vitale em 2006)

Há dois anos, ouvi falar de um terapeuta, no Havaí, que curou um pavilhão inteiro de pacientes criminais insanos sem sequer ver nenhum deles. O psicólogo estudava a ficha do preso e, em seguida, olhava para dentro de si mesmo a fim de ver como ele havia criado a enfermidade dessa pessoa. À medida que ele melhorava, o paciente também melhorava.

A primeira vez que ouvi essa história, pensei tratar-se de alguma lenda urbana. Como podia alguém curar a outro, somente através de curar-se a si mesmo? Como podia, ainda que fosse o mestre de maior poder de autocura, curar a alguém criminalmente insano? Não tinha nenhum sentido, não era lógico, de modo que descartei essa história.

Entretanto, a escutei novamente, um ano depois. Soube que o terapeuta havia usado um processo de cura havaiano chamado “Ho’oponopono”.

Nunca ouvira falar dele, no entanto, não conseguia tirá-lo de minha mente. Se a história era realmente verdadeira, eu tinha que saber mais.

Joe Vitale e Dr. Len
Sempre soubera que total responsabilidade significava que eu sou responsável pelo que penso e faço. O que estiver além, está fora de minhas mãos. Acho que a maior parte das pessoas pensa o mesmo sobre a responsabilidade. Somos responsáveis pelo que fazemos e não pelo que fazem os outros. O terapeuta havaiano que curou essas pessoas mentalmente enfermas me ensinaria uma nova perspectiva avançada sobre o que é a total responsabilidade. Seu nome é Dr. Ihaleakala Hew Len.


Passamos, provavelmente, uma hora falando em nossa primeira conversa telefônica. Pedi-lhe que me contasse toda a história de seu trabalho como terapeuta. Ele explicou-me que havia trabalhado no Hospital do Estado do Havaí durante quatro anos.

O pavilhão onde encerravam os loucos criminais era perigoso. Em regra geral, os psicólogos se demitiam após um mês de trabalho ali. A maior parte do pessoal do hospital ficava doente ou se demitia. As pessoas que passavam por aquele pavilhão simplesmente caminhavam com as costas contra a parede com medo de serem atacadas pelos pacientes.

Não era um lugar bom para viver, nem para trabalhar, nem para visitar. O Dr. Len disse-me que nunca viu os pacientes. Assinou um acordo para ter uma sala no hospital e revisar os seus prontuários médicos. Enquanto lia os prontuários médicos, ele trabalhava sobre si mesmo. Enquanto ele trabalhava sobre si mesmo, os pacientes começaram a curar-se. “Depois de poucos meses, os pacientes que estavam acorrentados receberam a permissão para caminharem livremente”, me disse. “Outros, que tinham que ficar fortemente medicados, começaram a ter suas medicações reduzidas. E aqueles, que não tinham jamais qualquer possibilidade de serem liberados, receberam alta” Eu estava assombrado. “Não foi somente isso”, continuou, “até o pessoal começou a gostar de ir trabalhar. O absenteísmo e as mudanças de pessoal desapareceram. Terminamos com mais funcionários do que necessitávamos porque os pacientes eram liberados e todo o pessoal vinha trabalhar. Hoje, aquele pavilhão do hospital está fechado.”

Foi neste momento que eu tive que fazer a pergunta de um milhão de dólares: “O que foi que o senhor fez a si mesmo para ocasionar tal mudança nessas pessoas?

Eu simplesmente estava curando aquela parte em mim que os havia criado”, disse ele.

Não entendi. O Dr. Len explicou-me, então, que entendia que a total responsabilidade por nossa vida implica em tudo o que está na nossa vida, pelo simples fato de estar em nossa vida e ser, por esta razão, de nossa responsabilidade. Num sentido literal, o mundo todo é criação nossa.

Uau! Mas isso é duro de engolir. Ser responsável pelo o que digo e faço é uma coisa. Ser responsável pelo que diz e faz outra pessoa que está na minha vida é muito diferente.

Apesar disso, a verdade é essa: se você assume completa responsabilidade por sua vida, então tudo o que você olha, escuta, saboreia, toca ou experimenta de qualquer forma é a sua responsabilidade, porque está em sua vida.

Isto significa que a atividade terrorista, o presidente, a economia ou qualquer coisa que você experimenta e não gosta, está ali para que você a cure. Tudo isto não existe, digamos, exceto como projeções que saem do seu interior.

O problema não está neles, está em você, e, para mudá-lo, você é quem tem que mudar.

Sei que isto é difícil de entender, muito menos de aceitar ou de realmente vivenciar. Colocar a culpa em outra pessoa é muito mais fácil que assumir a total responsabilidade mas, enquanto conversava com o Dr. Len, comecei a compreender essa cura dele, e que o Ho’oponopono significa amar-se a si mesmo. Se você deseja melhorar sua vida, você deve curar sua vida. Se você deseja curar alguém, mesmo um criminoso mentalmente doente, você o faz curando a si mesmo.

Perguntei ao Dr. Len como ele curava a si mesmo. O que era, exatamente, que ele fazia, quando olhava os prontuários daqueles pacientes? “Eu, simplesmente, permanecia dizendo ‘Eu sinto muito’ e ‘Te amo’, uma vez após outra” explicou-me. “Só isso?” “Só isso! Acontece que amar-se a si mesmo é a melhor forma de melhorar a si mesmo e, à medida que você melhora a si mesmo, melhora o seu mundo”.


Permita-me, agora, dar um rápido exemplo de como isto funciona.

Um dia, alguém me enviou um e-mail que me desequilibrou. No passado, eu teria reagido trabalhando meus aspectos emocionais tórridos ou tentado argumentar com a pessoa que me enviara aquela mensagem detestável. Mas, desta vez, eu decidi testar o método do Dr. Len. Comecei a pronunciar, em silêncio: “Sinto muito” e “Te amo”. Não dizia isto para alguém, em particular. Ficava, simplesmente, invocando o espírito do amor, para que ele curasse dentro de mim o que estava criando aquela circunstância externa.

Depois de uma hora, recebi um e-mail da mesma pessoa, desculpando-se pela mensagem que me enviara antes. Observe que eu não realizei qualquer ação externa para receber essa desculpa. Eu nem sequer respondi aquela mensagem. Não obstante, somente repetindo “sinto muito” e “te amo”, de alguma maneira curei dentro de mim aquilo que criara naquela pessoa.

Posteriormente, participei de um workshop sobre o Ho’oponopono, ministrada pelo Dr. Len. Ele tem, agora, 70 anos de idade, é considerado um “xamã avô” e é um pouco solitário.

Elogiou meu livro “O Fator de Atração” (The Attractor Factor). Disse-me que, à medida que eu melhorar a mim mesmo, a vibração do meu livro aumentará e todos sentirão o mesmo quando o lerem. Resumindo, na medida em que eu melhore, meus leitores também melhorarão.

“E o que acontecerá com os livros que eu já vendi e que estão lá fora?” perguntei. “Eles não estão lá fora”, explicou ele, me desconsertando, mais uma vez, com sua sabedoria mística. “Eles ainda estão dentro de você”.

Resumindo, nada está do lado de fora. Seria necessário um livro inteiro para explicar essa técnica avançada com a profundidade que ela merece. “Basta, apenas, dizer que, quando você queira ou deseje melhorar qualquer coisa na sua vida, existe somente um lugar onde procurar: dentro de você mesmo. E, quando olhar, faça-o com amor”.
(O texto da tradução acima do artigo de Joe Vitale foi retirado do link: http://www.eftbrasil.net.br/corpo-mente/terapeuta-mais-inusitado-mundo/)

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Slim down thyself - your body, your ally, show it some gratitude!

In my life experience, I’ve found that cultivating gratitude towards our body for fulfilling its functions is an open door to start a new convenant between physical body and soul.  Each time our memory reminds us that which needs to be done, why not thank it? This attitude of gratitude and focus of attention on the received blessings cooperate towards our well-being, differently from the times we curse or reprehend ourselves harshly when we forget something important, thus complaining about the memory flaw…

“So the best we can do is pretend there’s nothing wrong and become some sort of Pollyanna? Well, that won’t make problems go away!”, would be someone’s reasonable comment.

Denying the unpleasant situations or frustrations – that many call “problems” –really doesn’t tend to solve anything. There is a difference between focusing on what we label as “bad” – creating drama – and recognizing reality, even if it’s not pleasurable/pleasant, then assuming a more neutral attitude that is based on a knowing of the fact that “good” and “bad” can both be a part of life, each at its own moment, without intending to holding on to pleasure and avoiding to hurt. Such neutral attitude can be a synonym of the equanimity that tends to arise inside us when we start seeing those so-called “problems” as challenging opportunities for learning and growing.

“Then is it all just a matter of perspective? How can a flu no longer be a problem and become an ‘opportunity’? Getting sick gets in the way of anyone’s good mood!”, you could say.

A sneeze or a cough can be perceived as blessings, because they are efficient mechanisms of purification in action, it’s our body working to defend itself from threats to our health. Most cough syrups work facilitating the cough mechanism, helping and enhancing the human body’s natural defense mechanisms. It surely isn’t a pleasant situation when getting sick interrupts our routine, but the defensive self-preserving processes of the human body can be seen from a perspective that inspires gratitude… Since we were unable to prevent the flu and we got sick, which attitude shall we choose to assist our body in healing quickly: hooting for it and showing gratitude for its effective self-defense workings or complain about how long it takes and criticize its self-preservation methods?

The human body is intelligent in its processes of self-preservation and search of/maintenance of balance – we breath, eat, drink, eliminate what isn’t useful, rest, register memories, among other sacred functions.

“So even going to the toilet is a so-called ‘sacred function’?”, someone might mock.

Can Life be perceived as something sacred? If yes, then those functions that preserve life serve that which is sacred and can be understood as sacred functions. After all, you is able to survive if nobody takes out the “garbage” after we’ve fed? Or do you suppose that the brain is the only organ where intelligence manifests? Did you know that the Enteric Nervous System (ENS), a network of neurons that are part of our digestive system, is called “second brain” by scientists?


The Enteric Nervous System (ENS) is made up of neurons and nerve cells that line the gut; it contains the same amount of nerve cells as the spinal cord, 90% of the serotonin and 50% of the dopamine in the body. (source: http://www.sanescohealth.com/trust-your-gut-the-bodys-second-brain/). You might notice that if it weren’t for your digestive system and the ENS, you would not be able to transform the elements of your environment into usable energy, the energy capable a maintaining Life at the cellular level.

So I have suggested cultivating gratitude – tell your body in a low voice or in your thoughts how much you appreciate and are grateful for it fulfilling its function, throughout the day. This can assist you in turning your physical body into an ally, a faithful friend, and you can start asking your body “what do you need now?” or “how can make your work any easier?” and perhaps you might begin to ‘listen’ to the answers in the signs your body sends out. Listening to your body and being ready to answer its calls for help can prevent the body from having to resort to more ‘radical’ signs screaming S.O.S, signs such as an illness or a crisis (in the case of the chronic diseases already manifested).


 Remember why it's important to be friends with your body, developing a good relationship, based on love, forgiveness, respect, gratitude, cooperation and heartfelt communication:
learn how to listen to your body, learn its true and exact needs for its best performance, learn how to be healthier and, just as a bonus, learn how to slim down without any diet or strict exercising program.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Emagrece-te ti mesmo(a) - teu corpo, teu aliado, demonstre sua gratidão!


Pela minha experiência, o cultivo da gratidão pelas funções cumpridas pelo nosso corpo humano é uma porta aberta para iniciar uma nova aliança entre alma e corpo material. A cada vez que nossa memória nos lembra daquilo que precisa ser feito, por que não agradecer? Essa atitude de gratidão e ênfase da atenção sobre as bênçãos recebidas colabora para nosso bem-estar, diferentemente de quando praguejamos ou nos repreendemos duramente ao nos esquecermos de algo importante, reclamarmos da falha da memória...

-Então o ideal é fingir que não há nada de errado e virar uma Polyana? Isso não vai fazer os problemas desaparecerem! – seria um comentário sensato.

Negar as situações desagradáveis ou frustrações – que muitos chamam de “problemas” – realmente não tende a solucionar nada. Há uma diferença entre dar ênfase àquilo que rotulamos de “ruim” - dramatizar – e reconhecer a realidade, mesmo que não seja prazerosa/agradável, para, em seguida, assumir uma atitude mais neutra que pressupõe que “bom” e “mau” fazem parte da vida, cada um a seu momento, sem pretender se agarrar ao prazer nem fugir da dor. Essa atitude neutra pode ser um sinônimo da equanimidade que tende a surgir em nós quando passamos a enxergar os “problemas” como oportunidades desafiadoras para aprender e amadurecer.

-É tudo uma questão de perspectiva? Como é que uma gripe pode deixar de ser um problema e vir a ser uma “oportunidade”? Ficar gripado atrapalha a vida de qualquer um! – você pode argumentar.

Um espirro ou uma tosse podem ser percebidos como bênçãos, pois são eficientes mecanismo de purificação das vias respiratórias em ação, é o nosso corpo trabalhando para se defender de ameaças à saúde. Os xaropes expectorantes atuam para facilitar a tosse, ajudando os mecanismos naturais de defesa do corpo humano. O processo da gripe é um processo de limpeza e eliminação daquilo que ameaça a saúde. Não é agradável ter a rotina interrompida, mas o processo de autodefesa preservadora do corpo humano pode ser visto de uma perspectiva que inspire gratidão... Já que não foi possível prevenir a gripe e adoecemos, qual atitude escolheremos para auxiliar o nosso corpo a se curar mais depressa: torcer a favor e ter gratidão por seu trabalho de autodefesa ou reclamar da demora e criticar os métodos de autodefesa?

O corpo é inteligente em seus processos de autopreservação e de busca/manutenção do equilíbrio – respiramos, comemos, bebemos, eliminamos aquilo que não nos serve, repousamos, registramos memórias, entre outras funções sagradas.

- Então até ir ao banheiro é uma “função sagrada”? – alguém poderia debochar.

A Vida pode ser percebida como algo sagrado? Se sim, então as funções que preservam a vida servem àquilo que é sagrado e podem ser entendidas como funções sagradas. Afinal, quem é que vai sobreviver se ninguém põe o “lixo” alimentar para fora? Ou você acha que o cérebro é o único órgão onde se manifesta inteligência? Você sabia que o Sistema Nervoso Entérico (SNE), uma rede de neurônios que integram o sistema digestivo, é chamado de “2º cérebro” por cientistas?

O Sistema Nervoso Entérico (SNE) é formado por neurônios e células nervosas que se alinham ao intestino. O SNE contém: a mesma quantidade de células nervosas que o cordão espinhal, 90% da serotonina e 50% da dopamina do corpo humano (fonte: http://www.sanescohealth.com/trust-your-gut-the-bodys-second-brain/). Note que, se não fosse pelo sistema digestório e pelo SNE, você não seria capaz de transformar elementos do seu meio-ambiente em energia utilizável, energia capaz manter a Vida a nível celular.
Então sugiro o cultivo da gratidão – diga a seu corpo em voz baixa ou mentalmente o quanto aprecia e é grato(a) por suas funções cumpridas, ao longo do dia. Isso poderá ajudar você a tornar seu corpo um aliado, um amigo fiel, e você poderá começar a perguntar ao corpo “do que precisa agora?” ou “como posso facilitar seu trabalho” e pode ser que você comece a “escutar” as respostas nos sinais que o corpo envia. Escutar o corpo e dispor-se a atender seus pedidos de ajuda pode prevenir que o corpo use sinais mais “radicais” para pedir socorro, sinais como doenças ou crises (no caso das doenças crônicas já instaladas).

Lembre-se de porque é importante cultivar um bom relacionamento com seu corpo, baseado em amizade, respeito, amor, perdão, cooperação e comunicação sincera:
aprenda a escutar seu corpo, aprenda quais são suas exatas e verdadeiras necessidades para seu desempenho máximo, aprenda a ser mais saudável e, como se fosse um brinde incluso no pacote, aprenda a emagrecer sem dietas ou um programa rígido de exercícios físicos.